O que esta faltando?

O que esta faltando? Essa é uma pergunta que me faço todos os dias. Quando tomei a liberdade de começar a escrever sobre o Futebol Americano, sempre tive a intenção de divulgar o esporte de forma objetiva e prática, esclarecendo algumas dúvidas e curiosidades para o público alvo e para os curiosos.
Tenho a total consciência que ainda é muito pouco, mas por outro lado contribuo de alguma forma.
Após todos esses anos, várias ligas e associações foram criadas com o intuito de organizar cada vez mais o futebol americano no Brasil, mas pergunto: Será que estamos no caminho certo?
Sabemos que o futebol americano, nunca será comparado com o nosso futebol. Isso é fato comprovado, mas acredito que ele poderá ter um espaço digno diante de outros esportes praticados em nosso país. Para isso, devemos nos organizar melhor e fazer as coisas acontecerem de verdade.
Hoje eu não tenho idéia de quantos adeptos do futebol americano o país contabiliza, será que devíamos perguntar ao IBGE!
Brincadeiras a parte, lendo uma matéria sobre um esporte incomum em nosso país, percebi que alguns casos podem servir de exemplo, quando estamos lidando com a falta de incentivo num todo. Neste caso, estou falando do Hóquei na Grama, uma espécie de adaptação oriunda do famoso Hóquei no Gelo.
A forma como tudo começou também foi através de uma brincadeira, quando Cláudio Rocha, atual técnico da Seleção Brasileira de Hóquei na Grama, chegou a bater de porta em porta nas salas das escolas em Florianópolis garimpando possíveis adeptos.
“Na primeira vez que citava o hóquei na grama, os rostos se contorciam”, diz Cláudio.
No próximo Pan-Americano, que será realizado no Brasil, a seleção brasileira estará disputando pela primeira vez um torneio oficial. Chances de medalhas são mínimas, mas a maior conquista da federação que hoje conta com 500 atletas federados, com certeza será a enorme divulgação desse esporte no Brasil.

Voltando para o nosso esporte predileto, precisamente em 1999, quando dois professores de educação física, Paulo Arcuri e Cláudio Telesca, trouxeram o Flag Football para suas respectivas escolas, vários adeptos aderiram o esporte rapidamente, onde até hoje a modalidade é praticada no estado de São Paulo e por outros cantos do país.

Há cerca de três meses, entrei em contato com Arcuri e perguntei como andava o projeto. Infelizmente, Arcuri teve que mudar seus planos pessoais e o projeto acabou ficando estacionado. Segundo Arcuri, seu sonho era que as escolas pudessem introduzir o Flag Football dentro da realidade dos alunos, favorecendo o desenvolvimento do trabalho em equipe, socialização e inclusão esportiva.

Diante disto, chego à conclusão que não devemos ficar preocupados com patrocínios, mídia e órgãos públicos nos dando o apoio necessário ao futebol americano, devemos antes nos perguntar o que esta realmente faltando em nossas escolas...