Há algumas décadas, a NFL começou expandir seus interesses internacionalmente. Como é sabido por todos, anualmente a NFLE já é um sucesso de público e financeiro. Hoje o futebol americano é praticado por diversos países da Europa. Atualmente na Hungria não esta sendo diferente. Um país fechado por motivos políticos por muitos anos, hoje consegue promover uma liga extremamente organizada e viável. László Tóth é mais um amante da bola oval e atual presidente da MAFSZ com muita competência. Ano passado, László fez um convite muito especial ao meu amigo André José Adler para fazer parte desse grande projeto.
László Tóth: Há 10 anos, somente uma equipe praticava o futebol americano na Hungria, o time existiu até 2000 e se chamava Budapest Cowboys. Informações mais detalhadas se encontram no próprio site da equipe.
Em 2004, na época do Super Bowl, o futebol americano na Hungria ressuscitou. Este processo foi iniciado por Árpa Attila, fundador do Budapest Wolves.
Em 2005, nós nos encontramos e conversamos sobre o futuro do futebol. Eu poderia coordenar uma associação, enquanto que ele e a sua equipe poderia popularizar o esporte em si com a própria mídia. Anteriormente eu tive experiências em organizar competições de Futsal para adultos e crianças.
Em 2005, seis equipes tinham sido criadas por influências do Wolves e pela mídia. Sendo assim, eu acabei convidando essas equipes para uma reunião.
Ao traduzir o livro de regras da NCAA, juntamente com as 6 equipes existentes, nós criamos a organização da liga no dia 10/09/2005. E finalmente 4 equipes fizeram parte dela.
O primeiro Húngaro Bowl aconteceu em 1º de novembro daquele ano. Ao longo da temporada regular e a final, o canal de TV Sport1tv transmitiu os melhores momentos, e por causa desta cobertura, outras equipes foram criadas em outras cidades. Eu organizei a Associação Húngara de Futebol Americano até 16/12/2005.
Em 18/12/2005, outras 8 equipes se associaram e registramos oficialmente a MAFSZ (Associação Húngara de Futebol Americano).
Sideline: Quantos times participam da liga atualmente?
László Tóth: Considerando nossos registros atuais, temos 16 times associados.
Sideline: Como você avalia a popularidade do futebol Americano em seu país?
László Tóth: Na Hungria, este esporte está num crescimento explosivo, em 2005 havia somente 230 jogadores associados, mas agora nós temos mais de 1.100. As 16 equipes têm mais de 30.000 torcedores, e na TV, os programas de futebol americano têm aproximadamente 450-500.000 telespectadores. Na Hungria, é uma quantidade significativa!
Sideline: Como são feitas as escolhas dos atletas? São todos amadores?
László Tóth: Os jogadores escolhem as equipes que querem jogar, onde os treinadores encontram a posição mais apropriada para o pretendente. A composição da equipe é feita pela habilidade e por outros aspectos profissionais.
Sim, na Hungria todos os jogadores são amadores, onde eles praticam o esporte após o trabalho.
Sideline: Quando surgiu a idéia de convidar o André José Adler para trabalhar com vocês?
Em setembro de 2006, quando o Blue Bowl Hungarian Cup iniciou, eu convidei o André para acompanhar e entrar em contato com pessoas da mídia. Por volta do mês de outubro e novembro o canal de TV Sport Klub convidou o André, para transmitir algumas partidas da NCAA para eles.
Com a grande experiência que o André adquiriu trabalhando na ESPN cobrindo a NFL, eu pedi que analisasse e escrevesse uma coluna sobre a Liga. O título da coluna se chama Heti André (André Semanal). Atualmente estamos fazendo uma amostra para a TV chamada Touchdown.
László Tóth e André José Adler
Sideline: Como é trabalhar com o André José Adler?
László Tóth: Muito bom, porque ele é altamente perito no futebol americano e um profissional em fazer programas. Temos pensamentos parecidos, onde podemos discutir coisas boas sempre em linha reta ou quando precisamos improvisar ou melhorar algo.
Sideline: Qual o melhor caminho para as ligas brasileiras terem o mesmo sucesso que a Liga Húngara obteve?
Sideline: Será que um dia podemos sonhar com uma partida entre Hungria x Brasil?
László Tóth: Esperançosamente que sim. Porém, nós necessitamos levantar o custo dessa partida e avaliar o nível em que as equipes brasileiras estarão.
Sideline: O que você acha do país do soccer, praticando a bola oval?
László Tóth: Eu penso que nesta área do soccer o Brasil será o líder por muito tempo. Eu sei também que o Brasil é um país enorme e com muitos habitantes. Em minha opinião, com uma boa organização, com trabalho, com um marketing competente, vinda da TV, e naturalmente uma sustentação financeira adequada, eu vejo uma boa possibilidade para o Brasil dar um grande e importante passo mundial nessa área.
Cumprimento a todos os torcedores do futebol americano no Brasil.
2 comentários:
Valeu, Jayson! Eu só quero acrescentar que o László é extremamente trabalhador e dedicado. E tem uma capacidade imensa de inspirar as pessoas ao trabalho. Inclusive à mim :D
Excelente!
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