Um apaixonado pela bola oval, Orlando Júnior conta como foi a emoção de participar desse grande feito no Uruguai.
Sideline: Como tudo começou, como surgiu à idéia de poder organizar uma partida fora do território brasileiro?
Orlando Júnior: A idéia veio da AFAB. Se não me engano quem iniciou as conversas foi o Rodrigo Hermida. Fiquei sabendo disso quando a AFAB fez o anúncio no mês de Março desse ano. Conversei muito com o Hermida e o objetivo sempre foi usar o evento para divulgar o esporte no país.
Sideline: Como foi a emoção de ver a equipe uniformizada com todos os equipamentos oficiais do futebol americano?
Sideline: Como foi a emoção de ver a equipe uniformizada com todos os equipamentos oficiais do futebol americano?
Orlando Júnior: Uma emoção diferente. Organizo o FA em Mato Grosso há cinco anos e conheço as dificuldades que o esporte enfrenta em nosso estado e no país. Ver todos os jogadores com equipamentos e com o uniforme da Seleção Brasileira foi como realizar um sonho. Aliás, eu perguntava a todos na lateral pouco antes do início da partida: “Tá sonhando? Quer um beliscão para acordar?”. Um detalhe que também me emocionou foi o fato dos uniformes da seleção terem sido confeccionados em Cuiabá, pela mesma empresa que fez os uniformes do Cuiabá Arsenal.
Sideline: Qual era o maior objetivo desse confronto com os uruguaios? Você esperava esse desempenho surpreendente da seleção contra uma equipe muita mais experiente?
Orlando Júnior: O maior objetivo sempre foi a divulgação do esporte e a interação com os uruguaios. Eu não sabia o que esperar ao sair de Cuiabá. Depois do primeiro dia de treino, quando conheci os jogadores do Joinville Pazers, comecei a acreditar em um bom desempenho. E a medida que os demais jogadores foram chegando dava para perceber que temos uma equipe muito bem servida, com jogadores individualmente muito técnicos e fisicamente bem preparados. Pena que apenas isso não é suficiente em uma equipe de FA e o entrosamento da Seleção Uruguaia falou mais alto.
Sideline: Quais os pontos positivos adquiridos apartir deste feito para o cenário do futebol americano brasileiro?
Orlando Júnior: Mostramos aos jogadores das várias equipes que participaram do jogo que jogar com os equipamentos completos não é nenhum bicho de sete cabeças, que existe FA de alto nível em vários locais do país e que a união dos praticantes desse esporte é fundamental para o desenvolvimento do mesmo no país.
Sideline: Você sentiu falta do interesse da mídia por este evento?
Orlando Júnior: Sim, a mídia poderia ter nos dado um pouco mais de atenção. E a organização do evento (eu inclusive) poderia ter auxiliado, preparando material de apoio para a imprensa (RELEASES, FOTOS, RELAÇÃO DE JOGADORES, etc.).
Sideline: O que passou pela sua cabeça, quando aconteceu o primeiro kickoff? Lembrou de alguém, ficou emocionado, narre para o Sideline a sua verdadeira emoção?
Sideline: O que passou pela sua cabeça, quando aconteceu o primeiro kickoff? Lembrou de alguém, ficou emocionado, narre para o Sideline a sua verdadeira emoção?
Orlando Júnior: Eu me apaixonei pelo esporte em 2002 e desde então conheci várias outras pessoas mais apaixonadas do que eu. Não pude deixar de lembrar do grande amigo André José Adler que sempre me incentivou a continuar e que, mesmo a distância, acredita no futuro do FA no Brasil. Agora, emoção mesmo foi ver seis dos sete jogadores do Cuiabá Arsenal entre os jogadores que iniciaram a partida; ver o primeiro TD da Seleção ser marcado por um de nossos jogadores (Tiagão – FB) e, ao final da partida, ver esse jogador receber a bola do jogo como um prêmio pelo seu desempenho. Há dois anos atrás ele sequer sabia o que era o FA.
Sideline: Qual será o próximo passa a ser dado?
Orlando Júnior: Várias coisas estão programadas para acontecer no FA em 2008. Ainda em 2007 teremos as finais do Carioca Bowl, além das finais da LIGA FLAG em São Paulo. Para 2008 temos confirmado o II Torneio Capital de FA em Brasília, o Brasília Bowl. O Cuiabá Arsenal vai participar! Ainda para o Cuiabá Arsenal teremos que cumprir o desafio de enfrentar o Joinville Panzers no primeiro amistoso entre as equipes. Pelo que os jogadores das duas equipes mostraram no Uruguai, tem tudo para ser um dos melhores jogos de FA no país. Para o segundo semestre está programado a realização do Pantanal Bowl II em data a ser definida. A AFAB, até onde eu sei, pensa na realização do jogo de volta com o Uruguai aqui no país.
Sideline: Deixe seu recado para todos os brasileiros apaixonados pela bola oval.
Orlando Júnior: Eu acredito muito no futuro do FA no país. Precisamos é nos organizar! O trabalho que a AFAB está fazendo é muito importante, bem como o trabalho de outras entidades, como a Liga Catarinense, a LIGA FLAG de São Paulo, a “novata” Federação Paulista de FA, a galera de Manaus que organiza o Manaus Bowl, o pessoal do Curitiba Brown Spiders que é a primeira equipe do país com todos os equipamentos, enfim, tem muita coisa acontecendo. Meu recado é que a gente pense sempre no futuro do esporte, deixando a vaidade pessoal ou da equipe de lado. Essa é a receita para o crescimento do esporte. Outro recado é que existe um grande time de Futebol Americano em Cuiabá, o Cuiabá Arsenal. Ainda ouvirão muitas histórias sobre nossa equipe.
Um comentário:
Foi uma honra ser lembrado numa matéria sobre um evento que nunca vou esquecer! Obrogado Orlando e Jayson :D
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