Após seis jogos até aqui na temporada regular, algumas equipes vem perdendo jogadores chaves para a sequência da competição. Mostrando que para continuar vivo na competição, o time precisa de um elenco forte e numeroso.
Líder da Divisão Leste, o São Paulo Storm vem sentindo a perda do jogador Monobloco, um atleta diferencial dentro da equipe paulista. No RJ Imperadores, o experiente FB Miranda, com uma entorse no joelho, numa lesão sofrida na primeira jogada contra o Storm, provavelmente não retornará este ano.
No último sábado, o atleta Schultz do Barigui Crocodiles, sofreu uma forte luxação em três costelas que acabou deixando o jogador desacordado por alguns minutos em campo.
Para ilustrar melhor o que aconteceu no lance, o Sideline conseguiu esclarecer com o próprio Schultz que já iniciou a sua recuperação em Curitiba.
Sideline: Como você está Schultz?
Schultz: No momento passo bem, tudo não passou de um susto, o que realmente preocupava era o fato de eu ter perdido a consciência por uns 3 minutos. Mas feito exames foi uma reação de defesa do meu próprio corpo a dor que estava sentindo. Mas graças a Deus foi "só" um susto, luxação em três costelas e o esterno levemente aprofundado.
Sideline: Você consegue lembrar como foi o lance da sua contusão?
Schultz: Foram duas jogadas distintas mais uma "concluiu" a outra. No primeiro kickoff return eu estava sendo um dos jogadores da mureta, e nesse retorno foi uma corrida pela esquerda, como o campo estava molhado pois havia chovido um dia antes eu sai para bloquear, dei o primeiro contato e cai, quando fui levantar um jogador do Crocodiles que não me recordo quem, passou e sem intenção me acertou um chute no lado esquerdo da caixa toráxica, mas na hora senti só uma falta de ar e senti que uma dor em pequena intensidade, mas nada preocupante.
No inicio do quarto quarto, houve uma interceptação por parte do time do Gladiators, que foi em direção a nossa End Zone, nosso QB #5 Fabio deu um tackle que ocasionou um fumble e na tentativa de recuperação eu e o nosso WR #81 Pozzi pulamos na bola, e um jogador do Gladiators pulou em cima e me acertou com o capatece no mesmo lugar que no Kickoff return tinham me acertado. Nesse momento eu senti uma dor crônica, mas como já tínhamos um OL expulso e estávamos com um improvisado na linha, decidi permanecer em campo. Faltando uns 2 minutos para o fim eu comecei a sentir uma dor muito forte e dificuldade para respirar, comuniquei o QB, mas ainda assim permaneci.
Quando alinhei para o inicio da jogada eu senti que começou a piorar a dificuldade de respirar, quando se deu o início da jogada que dei o "arranque" para cima do DT do Gladiators eu cai inconsciente em campo. Quando voltei a "realidade" já estava sem Pads e sem camisa deitado no campo esperando a chegada de remoção médica.
Sideline: Tem previsão de volta contra o Curitiba Brown Spiders?
Schultz: Como a evolução clínica está avançada até porque estou seguindo a risca a orientação médica, em um prazo de 15 dias estou de volta, e se tudo der certo a previsão é que eu retorne um treino antes do jogo contra o Curitiba Brown Spiders e conforme for eu estarei sim em campo jogando contra os aranhas.Há quanto tempo você pratica o futebol americano (full pads)?Eu comecei a pratica do futebol americano em setembro de 2008 no Curitiba Centurions que mais tarde se uniu com o Barigui Crocodiles, mais especificamente em Fevereiro quando adquiri meus pads.
Sideline: Qual a sua mensagem para o pessoal que pratica o futebol americano e a importância de usar os equipamentos de proteção?
Schultz: É um investimento caro, sem sombra de dúvida. Mas é um investimento, que para quem realmente gosta e quer praticar futebol americano, dá resultado. Imagino o quão pior seria minha lesão caso não estivesse "Full Pads". FA é um esporte que causa lesões, que muitas vezes são sérias por isso os Pads são importantes, eles não protegem 100% contra lesões mas sem eles o histórico de lesões seria infinitamente pior.
Se possível gostaria de fazer um agradecimento a algumas pessoas que estiveram ali me acalmando no momento que voltei a mim, em especial ao
Vitor Hugo Rangel, a
Tia do nosso CB Eleutério que me deu os primeiros socorros, aos jogadores
Felipe do Gladiators e Felipe do Brown Spiders que ficaram comigo do tempo de lesão até a chegada do socorro médico me acompanhando, a minha namorada
Paula Vilela que em momento algum nas horas de recuperação dentro do pronto socorro me deixou só e ao ilustre
Adler que até hoje pergunta como está minha recuperação, peço desculpas se deixei alguns de lado mas eu agradeço a preocupação de ambos os times e de várias pessoas espalhadas pelo Brasil que se preocuparam, e agora me recuperando da lesão, vamos que o show do FA não pode parar!